terça-feira, 25 de agosto de 2009

Ontem, Hoje e Amanhã



Passado, Presente e Futuro. É engraçado como de vez em quando se misturam. E ainda é mais engraçado como o ser humano os tenta separar a todo o custo quando eles são um todo. Jamais se separarão, nem mesmo quando teimamos em proferir "É Passado".
Como podem factos tão banais marcarem tanta diferença? Assim nos lembramos, sempre demasiado tarde, que afinal poderíamos ter rido mais alto, que poderíamos ter apertado mais o abraço, que poderíamos ter chorado menos e que apenas poderíamos ter vivido mais.
No entanto, determinados momentos só podem acontecer na altura certa. O Homem não sabe lidar com o precoce. Nunca soube. Precisa de analisar, de estudar.
E quando nos deparamos com aqueles cruzamentos que não têm as setas para nos indicar o caminho que desejamos? Nada é perfeito. Até a vida se esqueceu de preparar o mapa para não nos perdermos.
O Tempo passa. E não são apenas os ponteiros do relógio que se mexem. Com eles vão as lágrimas que teimam em cair, aqueles sorrisos que nos marcam para sempre e até o modo bonito como aquela pessoa nos diz um simples "Amo-te". São momentos que, num segundo, se transformam em pedra.
São vinte anos de recordações. Tantos sonhos, tantas estrelas, tantas avenidas, tanta ânsia, tantas pessoas, tantas portas. Agora, apenas lembranças que assombram os meus pensamentos. Já não voltam. Não querem voltar. E o tempo não deixa.
Resta apenas o que há-de vir. E é tão pouco!