segunda-feira, 25 de maio de 2009

Solidão, take 2

O segredo está cada vez mais escondido. Afinal como se recomeça?
O meu mundo a preto e branco não me permite saber qual o trilho que tenho que percorrer. Não, não consigo lembrar-me do meu nome, de quem eu sou, ou pelo menos de quem fui antes de chegar aqui. É impossível repor a parte que se quebrou, é impossível revigorar este órgão que há muito deixou de bater juntamente com o de outrém. Apenas a minha sombra me segue. É ela que me faz perder a confiança em mim. É apenas ela que não me dá aquilo que necessito.
Há mais de quinhentos dias que tento recomeçar. Já recomecei uma vez, e o que ganhei com isso? Só regredi em mim mesma. Perdi o vigor que tinha até então.
Mesmo assim cheguei aqui.
«A dor é a substância da vida e a raíz da personalidade, pois somente sofrendo se é uma pessoa» já dizia o Fernando.
Já amei, tive esperança, já odiei. Agora resta-me a saudade. Saudade de tanto.
E sim, tens toda a razão «Os 'quem sabe' custam mais a passar que os 'não deu'»! Ainda assim estou viva. Um dia, a alma que possuo em mim vai deixar de ser ver apenas no espelho!

sábado, 9 de maio de 2009

Solidão



Solidão. Esta é uma das poucas palavras que restam no meu dicionário.
A única rosa que existia no jardim murchou... As pétalas vão caindo lentamente no chão, onde são despedaçadas por alguém que as pisa. O escuro apodera-se da vida desfeita e nenhum abrigo consegue refugiar o que resta desta batalha interminável. Em cada dia sem rumo, vou esperando de olhos fechados por um novo amanhecer que não seja igual aos outros. Nada bate certo neste mundo inquieto e cruel...
Fica tão difícil trocar palavras escondidas... a cumplicidade começa a desaparecer na sombra da tristeza. Hoje o espelho só me mostra o monte de nada que ficou...
Perdida nesta noite, ando à deriva pelo meio desta multidão que não me consegue ver. Na rua permanece o silêncio que penetra firmemente na minha pele... O gesto que poderia mudar algo perdeu-se no meio do vazio e já nada faz sentido. Já nada é intacto, o meu horizonte foi tapado pelo nevoeiro... o cansaço e o medo contaminam cada vez mais o sonho, há sempre qualquer coisa que sufoca e, lá fora, o vento nem sempre sabe a liberdade.
Sinto tanta falta do sabor que tem um abraço, quero esquecer a mágoa e nao consigo. O lume que tenho dentro de mim está mais fraco, já não tem calor... o vento já não sopra e o tempo corre sempre mais depressa.
Quem são estes vultos, que nem a tempestade consegue parar?
A ponte que necessito para passar para a outra margem caiu... Será que existe sempre uma maneira de recomeçar?

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Boa noite!

Dormes agora tão serena... Sim porque também mereces descanso! É na esperança que a dor de amanha seja menos severa contigo que eu sinto como se tivesse ao teu lado, sofrendo contigo e beijando-te a face enquanto sonhas. Fica no meu abrigo e aperta bem esse abraço. Como eu gostaria de te poder ajudar a recolher todos os pedaços restantes das tuas batalhas! Tens a força dos raios de sol que é capaz de iluminar toda a escuridão que possa surgir... Enfrentas o mundo com o teu sorriso e derrotas todos os inimigos com esse brilhozinho nos olhos, sempre com vontade de ir mais além... É isso que admiro em ti! Nem sempre o nosso chão é seguro, mas no fim consegues sempre erguer a tua armadura dourada...
Por ti sou capaz de ir até ao fim do mundo...
Para ti deixo uma estrela *... ela vai estar sempre no teu céu e, quando te sentires perdida e só olha para ela... vai guiar-te quando anoitecer!
Quero-te ver bem meu amor, por isso melhora rapidamente! Não me esqueço de ti nunca!
Uma última vez te acaricio os cabelos e com um beijo cheio de força de boa noite eu me despeço... Dorme bem Leninha!

segunda-feira, 4 de maio de 2009