segunda-feira, 27 de julho de 2009

Fúria de viver

Hoje decidi não pensar em nada. Simplesmente nada. Vou escrever apenas as palavras que me assaltarem o sentido e deixar-me levar. Já não tenho vontade de ver estas páginas molhadas pelas lágrimas que por tantos e nenhuns motivos se apoderam das minhas palavras, não quero inventar mais ruas que me conduzam apenas à tristeza ou ao dramatismo. Porque as antigas paixões voltaram vigorosas para me libertarem deste pessimisto que me segue em vez da sombra. São elas que me fazem olhar o mundo da maneira que é. São elas que agora me alimentam e me fazem aguentar a paz belicamente incessante da planície dourada.
Nem sempre se tem que sorrir, nem sempre se tem que chorar, mas o olhar determinado tem que estar sempre presente.
Que volte a fúria de viver!

quinta-feira, 23 de julho de 2009

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Abraça-me


O medo foi embora. Agora sou apenas eu. Porque permaneces no silêncio? Porque te escondes debaixo desse véu? Não quero mais contar os dias, nem as horas e nem os minutos ou os segundos. Não podes simplesmente abraçar-me? A solidão é tão fria e tu demoras tanto. Porque demoras tanto? Porque não me encontras? Os sonhos parecem cada vez mais irreais sem ti. O que custa olhares-me nos olhos? Não durmas. Não me esqueças, não me esqueças e faz com que eu sorria cada vez que pense em ti. Mas que belo mundo é este se não existes? Quero provar da imperfeição desta vida, quero que me faças iluminar-te com o meu luar. Leva-me apenas contigo no teu barco furado e abraça-me.

domingo, 5 de julho de 2009

Mundo imortalizado


Acendo o último cigarro que tenho no maço e observo que o tempo esvoaça tal como ele. Tantas e tantas aventuras vividas neste último ano. Sem dúvida, um dos melhores da minha vida!
Olhando para o que já passou, vejo os sorrisos marcados pela felicidade de outrora, as lágrimas que correram por tudo e por nada, as amizades que jamais se vão perder e até aqueles que, por momentos menos bons, assinalaram a minha forma de vida. Muita coisa se ganha, muita coisa se perde, muita coisa se aprende. Os segredos são guardados pela serra, tirando o lugar aos medos.
É como se pudesse dormir e esquecer-me da realidade, isolando para sempre este tempo e dando tudo o que tenho para dar.
Os olhares são iguais, mesmo tendo cores diferentes. Todos respiram liberdade, todos cantam o fado.
Má vida? É o que dizem muitos... é o que dizem aqueles que não sabem o que esta etapa seignifica na vida de uma pessoa. Boa vida? Até demais...
Aquilo que eu sinto é apenas um mundo que eu tento imortalizar, que eu tento levar comigo para o futuro. Hoje e sempre estará no bolso da minha alma, gritando em todos os momentos que tiver que gritar. Hoje e sempre, vou agarrar este tempo, esperando e ficando nos seus braços.
E para aqueles que "me enchem o coração e me aquecem o espírito", "tecendo cada teia dos tectos da minha cabeça aluada", obrigado por serem quem são e o que são, obrigado pelos sorrisos, obrigado pelas gargalhadas, obrigado pelas lágrimas presas nos cantos dos olhos, obrigado por aquelas que caem, obrigado por me ajudarem a apanhar as pedras que se atravessam no caminho, obrigado por fazerem parte de mim. Obrigado pelas recordações!