segunda-feira, 31 de maio de 2010

Ponto final, parágrafo.

Ninguém tem o direito de se meter na mente de ninguém, não. Seja de que maneira for.
E eu não posso e muito menos o quero fazer. Quero ser feliz apenas, mas para isso tenho que agir como as pessoas que querem ser felizes.
Quando, na vida, se necessita de usar vírgulas, usam-se vírgulas, quando se necessita de usar pontos de final, usam-se pontos de final. Todas as histórias são assim e a minha não é excepção.
Ai como eu gostava de poder ser uma daquelas máquinas que faz tudo que lhe mandam sem que lhes doa ou precisem de chorar! Todos os pontos finais fariam sentido e poderíamos fazer parágrafos sempre que quiséssemos! Era tudo tão mais simples!!
Com isto, não te quero fazer sentir mal nem coisa que se pareça. Quero unicamente sentir-me bem com tudo o que passei durante este ano. E, para isso, vou ter que usar toda a pontuação que existe.
Como sabes, fiz de tudo para que a nossa história tivesse um final feliz, mas como nem todas o têm, acho que merecemos um bom "ponto, parágrafo" para esta.
Tenho pena que não tivesses atado em ti todos os lugares por onde passámos, que não tivesses guardado e protegido tudo o que te dei. O melhor de mim foi teu e continuará a ser até que o tempo passe. A vida mudou os nossos sentidos, sim, e o mundo levou-nos completamente para longe de nós. Tudo se desfez em meros gestos que magoam e que teimam em afundar-nos.
O tempo, o tempo é um grande aliado que nos acompanha durante a vida e que nos diz quem e o quê é que tem direito de permanecer no nosso caminho. Ele é a minha última hipótese.
Gosto de ti, com todas as letras. No entanto, não posso deixar que isso mate aquilo que sou. Mataste-me com o teu olhar, logo na primeira vez que encontraste o meu.
Não quero que chores... quero apenas que te lembres de todos os momentos que viveste comigo - os olhares, os sorrisos, as lágrimas, as gargalhadas, as danças à chuva, os beijos, os desejos, o entrelaçar dos dedos - no que vi neles, acho que os sentiste como eu. Acho, já não tenho certezas de nada.
A nossa vida é como aquele jogo da corda, em que duas entidades puxam para seu lado. Nós somos o lenço que marca o meio, mas com vontade própria. Podemos escolher o lado que queremos. Isso mesmo, as escolhas... podem ser benévolas ou não para nós. E é a partir daí que prosseguimos adiante. Tu escolheste um caminho que jamais vou compreender. Eu, aquele que não me magoe mais.
Com tudo isto, quero que saibas que embora me tenhas marcado de uma forma astronómica, que todas as nossas setas tenha falhado o alvo, eu quero que escolhas o teu lado e que vivas bem nele.
Quero para ti o que quero para mim... quero que sejas feliz, só e apenas feliz.
Sendo assim... Ponto final, parágrafo.

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